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Como a Nova Cobrança de Tarifa Mínima de Água Pode Impactar Seu Condomínio: Entenda e prepare-se

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou uma mudança significativa na cobrança da tarifa mínima de água em condomínios sem medição individualizada, provocando um verdadeiro alvoroço entre síndicos, moradores e especialistas do setor condominial. A decisão altera a forma como as contas de água são calculadas e divididas, o que pode resultar em um aumento drástico nos custos para muitos condomínios. Para compreender melhor o impacto desta mudança e as soluções disponíveis, vamos explorar em detalhes o novo cenário e o que pode ser feito para minimizar os prejuízos.



O que mudou na cobrança da tarifa mínima de água?


Antes da recente decisão do STJ, a cobrança da conta de água em condomínios sem medição individualizada era feita com base no consumo total registrado pelo hidrômetro principal do condomínio, que era então dividido pelo número de unidades (economias) do prédio. Esse método permitia uma distribuição mais justa dos custos.


Com a nova decisão, no entanto, a cobrança agora se baseia em uma tarifa mínima por unidade, multiplicada pelo número total de economias cadastradas no condomínio. Por exemplo, se um condomínio possui 50 unidades e a tarifa mínima é calculada para 10 metros cúbicos de água por unidade, a concessionária cobrará 10 metros cúbicos vezes 50, independentemente do consumo real ser muito inferior. Na prática, isso pode gerar um aumento significativo na conta de água, que deixa de refletir o uso efetivo e passa a ser calculada de forma punitiva.


Impactos financeiros: mais do que apenas um aumento na conta de água


Essa alteração afeta de maneira severa especialmente os condomínios maiores e comerciais, onde o número de economias pode ser elevado. Um exemplo extremo citado é o de um edifício comercial no Rio de Janeiro que pagava R$ 15 mil pela conta de água com base em decisões judiciais anteriores e que agora pode ver a conta subir para R$ 185 mil, um aumento de mais de 12 vezes. 


Além do impacto direto nas finanças, a mudança pode levar à inadimplência em condomínios populares ou de interesse social, onde o aumento nas taxas condominiais torna-se insustentável para muitos moradores. A decisão do STJ foi criticada por ser aplicada de forma ampla, afetando condomínios em todo o país, com base em um contexto específico do Rio de Janeiro, onde as tarifas de água são particularmente elevadas.


Profissional medindo as tarifas de água.
Profissional medindo as tarifas de água.

O que pode ser feito para minimizar os prejuízos?


Diante desse novo cenário, síndicos e administradoras precisam adotar medidas para controlar os custos e reduzir os impactos financeiros. Algumas das principais estratégias incluem:


1. Implantação de Medição Individualizada: Instalar hidrômetros individuais para cada unidade pode parecer um investimento elevado no início, mas pode representar uma economia significativa a longo prazo. Medições individuais permitem que cada unidade pague exatamente pelo que consome, eliminando a cobrança da tarifa mínima múltipla e reduzindo o valor total da conta.


2. Uso de Tecnologias de Gestão: Ferramentas tecnológicas, como as oferecidas pelo BRCondomínio, podem auxiliar na gestão do consumo de água e na comunicação com os moradores. A tecnologia de leitura automatizada de hidrômetros com Inteligência Artificial (IA) é uma solução que possibilita registrar com precisão o consumo de cada unidade. Basta uma foto do medidor para que a IA faça a leitura dos números e registre os dados no sistema, eliminando erros comuns nas medições manuais.


3. Revisão de Contratos com Concessionárias: É essencial revisar os contratos vigentes com as concessionárias de água e, se necessário, buscar renegociações que sejam mais vantajosas para o condomínio. Muitas concessionárias têm entrado em contato com condomínios para discutir ajustes e propor condições mais favoráveis temporariamente, o que pode aliviar o impacto financeiro, mesmo que por um período limitado.


4. Melhorar a Comunicação com os Moradores: É fundamental que os síndicos mantenham uma comunicação clara e eficaz com todos os moradores, informando sobre as mudanças na cobrança da água e como isso afetará as contas do condomínio. Utilizar ferramentas como comunicados, reuniões e até mesmo aplicativos para alertar os moradores sobre os novos valores pode ajudar a prevenir surpresas e reduzir tensões.


5. Identificação de Vazamentos e Redução de Desperdícios: Outra ação crucial é investir em manutenções periódicas para identificar e consertar vazamentos, que podem contribuir significativamente para o aumento do consumo de água. Síndicos devem também incentivar práticas de consumo consciente entre os moradores, adotando campanhas educativas que promovam a economia de água.


Condômino recebendo alerta sobre nova tarifa de agua pelo aplicativo brcondomínio.
Condômino recebendo alerta sobre nova tarifa de agua pelo aplicativo brcondomínio.

Impactos na gestão dos condomínios comerciais e populares


Condomínios comerciais, onde o metro cúbico de água é mais caro, e condomínios populares estão entre os mais afetados pelas novas regras de cobrança. Em alguns casos, o aumento das contas de água pode comprometer a viabilidade financeira do condomínio, levando à demissão de funcionários, corte de serviços essenciais e até à perda de imóveis por inadimplência.


Além disso, a desvalorização das unidades, especialmente em áreas comerciais que já enfrentam desafios, como o centro do Rio de Janeiro, pode ser agravada. A nova cobrança adiciona uma camada de complexidade à gestão desses condomínios, exigindo que síndicos e administradores sejam ainda mais criativos na busca por soluções para equilibrar as contas.





O que esperar daqui para frente


A decisão trouxe um novo desafio para a gestão condominial em todo o Brasil, e a adaptação às novas regras será essencial para evitar maiores prejuízos. A individualização dos hidrômetros se apresenta como uma das soluções mais eficazes a longo prazo, enquanto tecnologias de gestão e boas práticas de comunicação podem ajudar a mitigar os efeitos imediatos.


Síndicos devem se preparar para um período de ajustes e buscar apoio profissional, seja de advogados, peritos ou empresas especializadas, para navegar por essa nova realidade. O principal é manter a transparência com os moradores e encontrar formas de gerenciar o consumo de água de forma mais eficiente e justa, garantindo a sustentabilidade financeira dos condomínios.


Se você quer modernizar sua gestão, entre em contato com o BRCondomínio e conheça as soluções tecnológicas que podem transformar a gestão do seu condomínio, facilitando o controle de consumo e a comunicação com os moradores.


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